Portugal admite realizar uma operação de resgate se a situação se agravar

por RTP
Majid Asgaripour - Reuters

Em Israel, 25 cidadãos nacionais pediram ao Governo português ajuda para saírem do país. No Irão, mais de quatro dezenas de turistas estão também a tentar regressar a Portugal por via terrestre e aérea. O presidente da República convocou uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional para o final da tarde da próxima terça-feira, no Palácio de Belém.

Em Israel, 25 cidadãos nacionais pediram ao Governo ajuda para sair, enquanto no Irão são os turistas que querem regressar.

As autoridades nacionais prometem estar atentos e admitem realizar uma operação de resgate se a situação se agravar. Politicamente, o Presidente da República convocou o Conselho Superior da Defesa Nacional. Uma decisão que se seguiu ao ataque desencadeado pelo Irão contra Israel.

“Tendo em conta a situação atual e possíveis desenvolvimentos, o presidente da República decidiu convocar uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional para terça-feira, 16 de abril, pelas 18h00, no Palácio de Belém”, lê-se em comunicado publicado no portal da Presidência da República.

Ao abrigo da Constituição da República, o Conselho Superior de Defesa Nacional é um órgão colegial específico, presidido pelo chefe de Estado, com funções de consulta para os assuntos relativos à defesa do país e à organização, funcionamento e disciplina das Forças Armadas.

Integram o órgão consultivo o primeiro-ministro, os ministros de Estado e da Defesa Nacional, Negócios Estrangeiros, Administração Interna, Finanças e responsáveis pelas áreas da indústria, energia, transportes e comunicações, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e os chefes da Armada, do Exército e da Força Aérea.

O Conselho Superior de Defesa Nacional inclui ainda os representantes da República e presidentes dos governos das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, o presidente da Comissão de Defesa Nacional da Assembleia da República e mais dois deputados eleitos para este órgão por maioria de dois terços.

O ataque iraniano contra o Estado hebraico envolveu, de acordo com Telavive, mais de três centenas de drones e mísseis balísticos e de cruzeiro. Foi desencadeado duas semanas depois de um ataque ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, que causou as mortes de vários elementos dos Guardas da Revolução iraniana. Ação que Teerão atribuiu aos israelitas.
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